Sinto um aperto por dentro. Não é aquele já conhecido nó na garganta, aperto no estômago ou as borboletas na barriga. São as desgastantes lágrimas que querem por momentos deixar-me no fundo do poço outra vez. Não é o negrume da noite, nem o sol escaldante do dia, nem mesmo aquele tom crepuscular que, apesar de belo, me deixa um tanto indecisa. O toque frio e chocante do gelado nos lábios cansados de um dia esgotante faz-me sentir um arrepio, e isso é a única coisa que me faz entender que estou viva.
Sem comentários:
Enviar um comentário