terça-feira, 13 de dezembro de 2011

o tempo corre de forma demasiadamente apressada. podia ser aquele passo lento. vá, marcha até. mas correr? não era necessário. o fim chega. a preparação ainda não chegou. a bola não entrou no cesto nem tão pouco tocou o quadrado. o pensamento não chegou a fazer ricochete na tabela. corre-se. dribla-se a bola e ri-se. ri-se porque o melhor está a acontecer agora. porque o mundo está finalmente a acontecer. o grande ficou para trás. agora o pequeno importa. os assuntos continuam mal arrumados. muitos e muito mal arrumados. como alguém disse "tu és pró nessa matéria dos assuntos mal arrumados". eu olhei. que iria eu dizer? sim, sou, mas espero etiquetá-los brevemente e encaixotá-los e talvez, quem sabe, deitá-los fora. nós guardamos tanto do que não nos faz falta que até mete impressão. desconheço-me num conhecimento infiel de mim. crescer não significa esquecer o que ficou para trás, mas sim tomar noção desse pedaço de nós que ficou estático no tempo à espera. impacientemente à espera que nós, seres dotados de mentes abertas, descobríssemos a poção que resolvesse esse nós passado que aparece no  espelho do presente. essa visão onde nos tentamos identificar sem sucesso algum.

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