terça-feira, 30 de outubro de 2012

não entendo. talvez nem sequer seja para entender. se tudo fosse para entender estariamos todos cansados de não entender a infinidade do que não se entende. não se bebe de penalti. fuma-se. um. dois. três cigarros no não reparar de ninguém. depois olha-se. um ver de querer fazer mais e não conseguir. um olhar de desilusão de mim para comigo. as pessoas dançam. as pessoas crescem e ficam gigantes na felicidade que a cada um compete. encosta-se na grade e fecha os olhos porque pesa de mais tudo. o cansaço. as palavras. o sorriso. a alma. poe-se o pé na água da chuva que corre e na água da chuva que cai molha o casaco e escondem-se lágrimas no capuz. veste-se o pijama e no vazio da noite quase dia limpam-se as lágrimas que ninguém viu, porque ninguém reparou.